Contexto
Este jogo marca a 1ª jornada do Grupo A do Campeonato do Mundo Feminino de 2011.
1ª Parte
Ambas as equipas entraram determinadas a pressionar alto a bola com os sectores próximos.
A Alemanha apresentou-se muito forte nas transições ofensivas com as jogadoras mais adiantadas a procurarem de imediato os espaços livres para poderem receber a bola. Mbabi tinha como função ajudar Prinz na pressão à linha defensiva adversária, fechando sempre o corredor central.
O Canadá procurou sempre atacar pelos corredores laterais, com as médios interiores a cairem muito nos corredores laterais para criarem superioridade numérica. Defensivamente, tanto Filigno como Tancredi tinham como missão descer no terreno e completar a linha do meio campo, ajudando sempre que necessário as laterais. Sinclair vinha regularmente atrás para receber a bola e criar novos espaços para serem explorados pelas colegas de equipa.
2ª Parte
Ambas as equipas regessaram da mesma forma como saíram onde os sistemas foram idênticos mas as dinâmicas foram-se alterando com as substituições.
Na Alemanha, a entrada de Popp foi determinante no ataque, sendo uma jogadora mais perigosa, tanto em termos de mobilidade como de criatividade. Ao longo da 2ª parte a Alemanha foi ganhando mais tranquilidade e mostrava mais segurança na manutenção da posse da bola.
O Canadá pouco mudou, com as substituições ao intervalo a serem trocas directas, não mudando a estrutura. A equipa foi ficando mais partida com a tentação de jogar de forma directa para o ataque. Isto resultou numa enorme quantidade de bolas perdidas. O maior perigo veio sempre de esquemas tácticos, sendo que estes estavam muito bem trabalhados.
Jogadoras-Chave
Na Alemanha, Celia Okoyino Da Mbabi mostrou uma criatividade enorme e conduziu muitos ataques, criando muito perigo na defensiva adversária. Alexandra Popp também foi muito importante na dinamização do ataque Alemão.
No Canadá, Sinclair foi muito inteligente nas suas movimentações com e sem bola, abrindo muitos espaços para as colegas e dando bons seguimentos à bola. Na defesa, Chapman foi incansável, interceptando muitas bolas e estando quase sempre no sítio certo à hora certa.
Substituições
Int - Entra Kelly Parker para o lugar de Kaylyn Kyle. Troca directa.
Int - Entra Robyn Gayle para o lugar de Marie-Eve Nault. Gayle passa para lateral direita com Wilkinson a passar para lateral esquerda.
55' - Entra Alexandra Popp para o lugar de Birgit Prinz. Troca directa. Entrou uma jogadora muito mais móvel e disponível.
64' - Entra Inka Grings para o lugar de Celia Okoyino Da Mbabi. Troca directa.
70' - Entra Fatmire Bajramaj para o lugar de Melanie Behringer. Bajramaj joga do lado direito e Garefrekes passa para o lado esquerdo.
Golos
9' - Peter recebe um passe de desmarcação no corredor lateral esquerdo, ganha a linha de fundo e cruza para o golo de Garefrekes.
41' - Mbabi aproveita uma bola colocada nas costas da defesa canadiana, vinda do corredor lateral esquerdo, para se isolar e fazer facilmente o golo.
80' - Sinclair marca golo de livre directo, perto da grande área, descaído para o lado direito. Bate de pé direito em arco com a bola a entrar junto à trave, perto do 1º poste.
Alemanha
1 - Nadine Angerer
10 - Linda Bresonik
5 - Annike Krahn
3 - Saskia Bartusiak
4 - Babett Peter
14 - Kim Kulig
6 - Simone Laudehr
18 - Kerstin Garefrekes
13 - Celia Okoyino Da Mbabi (8 - Inka Grings)
7 - Melanie Behringer (19 - Fatmire Bajramaj)
9 - Birgit Prinz (11 - Alexandra Popp)
Canadá
18 - Erin McLeod
7 - Rhyan Wilkinson
9 - Candace Chapman
2 - Emily Zurrer
20 - Marie-Eve Nault (5 - Robyn Gayle)
13 - Sophie Schmidt
6 - Kaylyn Kyle (3 - Kelly Parker)
8 - Diana Matheson
14 - Melissa Tancredi
16 - Jonelle Filigno
12 - Christine Sinclair
Cartões Amarelos: Simone Laudehr (80'), Kim Lulig (89'), Annike Krahn (92')
Assistência: 73680
Clima: Céu limpo
Olha, uma coisa que me faz impressão é a pouca atenção que se da ao futebol feminino. Lembro-me de ter visto um jogo na televisão, acho que era Portugal X Inglaterra, jogado num estádio de terceira e com uma bancada deixada às moscas. Por isso quando ouço pessoas a dizerem que gostam de futebol, mas não ligam nenhuma ao feminino, eu pergunto-me, será que gosta mesmo do futebol ou é levado pelo mediatismo dado ao futebol masculino, porque aquelas mulheres faziam espectáculos também.
ResponderEliminarAcho que acertaste em cheio, é tudo uma questão de mediatismo. As pessoas não gostavam tanto de futebol se este não fosse tão mediático. Realmente o futebol feminino tem tido uma evolução muito grande e este Mundial é a prova disso, vê-se futebol de muito boa qualidade. Creio que as coisas estão a mudar... lentamente.
ResponderEliminarEm Portugal só é preciso dar mais um passo para lançar o futebol feminino para um mediatismo considerável, haver um Benfica, Porto e Sporting.
Pois parece que tens razão, essas equipas principais e que têm mais poder para impulsionar o futebol feminino. E sim, fazem bons jogos essas mulheres.
ResponderEliminarLembro de uma notícia recente de um grupo futebol feminino, que para conseguir atenção, teve que despir-se para fazer calendário, coisa que não minimamente a ver com a sua capacidade desportiva. Bem, mas se for necessário jogar sem roupas para receber atenção, sei lá se não deviam fazê-lo, talvez assim comecem a ganhar bem, embora com uma atenção um tanto desfocada.
Eu pelo menos, como sou do contra, tirando os mundiais e os euros (bem, não acompanhei os últimos), só vejo futebol feminino.