domingo, 27 de janeiro de 2013

CAN 2013 (Grupo A) - Cabo Verde x Angola (3ª Jornada)


1ª Parte
Cabo Verde jogou sempre em ataque posicional, tentando fazer um futebol apoiado e chegar assim ao último terço. Jogaram grande parte das vezes pelo corredor central onde Platini assumiu um papel importante na distribuição de jogo na 3ª fase de construção. Também Babanco tentava participar em vários ataques, descaíndo sempre para o corredor esquerdo, limitando um pouco o envolvimento ofensivo de Carlitos. Do outro lado, Gégé não foi regular no seu envolvimento ofensivo e pedia-se uma maior presença nas ações ofensivas da sua equipa, com um dos pontas de lança a ter de dar solução no corredor direito uma vez que Marco Soares mostrou-se sempre mais contido nas subidas ao ataque. Defensivamente não foram muito pressionantes e só depois do golo os jogadores se mostraram mais assertivos na pressão ao portador da bola mas com estas ações a serem muito individualizadas sem um bom trabalho de cobertura e fecho de linhas de passe por parte dos colegas.
A Angola tinha nos corredores laterais as suas maiores armas (o golo nasceu dum cruzamento de Amaro no corredor esquerdo) com Djalma a estar muito em jogo nos minutos iniciais. Os laterais iam envolvendo-se no ataque com Amaro a estar mais em jogo que Airosa uma vez que Angola atacou mais pelo lado esquerdo que pelo direito. Muitos dos seus ataque tinham como alvo o ponta de lança Manucho que era sempre uma referência no jogo aéreo (principalmente nas bolas paradas). Mostraram-se um pouco mais assertivos que Cabo Verde no processo defensivo.

2ª Parte
Cabo Verde precisava de marcar pelo menos um golo para ter hipóteses de ser apurado e como tal foi Lúcio Antunes o primeiro treinador a mexer na equipa. A colocação de Djaniny e Héldon acabou por ser um risco uma vez que Tavares jogou praticamente no meio com Djaniny o que fez com que Gégé fosse o único homem a defender o corredor por onde Angola mais atacou na primeira parte, ainda assim foi uma aposta que resultou uma vez que Cabo Verde foi a equipa mais perigosa em todo o segundo tempo. Héldon conseguiu criar muito perigo no corredor esquerdo e deu outra dinâmica ao ataque. Gustavo Ferrín sentiu necessidade de defender o resultado e mudou o sistema tático tirando Mateus que nunca esteve particularmente bem e abdicando da posição dez que não tinha grandes responsabilidades defensivas para inverter o triângulo do meio campo, ficando Pirolito o jogador mais defensivo dos três médios. Cabo Verde continuou a aproximar-se mais da baliza de Lamá e aos 81' marcou através de canto o que resultou em mais uma alteração tática de Angola (a quem apenas servia a vitória), passando para o 1-4-4-2, sistema já habitual em situações de desvantagem. Cabo Verde, devido ao resultado do outro jogo, também já só era apurado com uma vitória e Lúcio Antunes retira um defesa para estrear Rambé na CAN, colocando-o no ataque. Com ambas as equipas a precisarem da vitória e o jogo perto do final, o jogo tornou-se naturalmente mais aberto e o segundo golo de Cabo Verde nasce num contra-ataque onde Rambé cruza para o remate de Héldon. Já em vantagem, Cabo Verde volta a equilibrar a equipa com Babanco a descer para lateral esquerdo (Carlitos fica a lateral direito), Mendes a ser o homem mais adiantado e os pontas de lança Djaniny e Rambé a descerem para junto de Marco Soares no meio campo. Foi um jogo muito interessante ao nível tático com as equipas a reagirem em função do seu resultado e do resultado do outro jogo.

Jogadores-Chave
Em Cabo Verde, Héldon foi o jogador mais influente, tanto pelos ataques que conduziu como pelo golo que deu o apuramento à sua equipa.
Em Angola, o jogador mais importante acabava por ser Manucho pela sua influência nos lances de bola parada (jogador referência). 

Marcha no Marcador
33' - 0x1 (Nando) auto-golo
81' - 1x1 (Fernando Varela)
90' - 2x1 (Héldon)

Substituições
Int - Entra Héldon e Djaniny para os lugares de Platini e Tony Varela. Passam a jogar numa espécie de 1-4-2-3-1 com Héldon a extremo esquerdo, Mendes na posição dez, Djaniny e a ponta de lança e Tavares a extremo direito, apesar de ter jogado bastante próximo de Djaniny.
63' - Entra Dédé para o lugar de Mateus. Passam a jogar em 1-4-3-3 com Gilberto a extremo esquerdo, Djalma a extremo direito, Dédé e Dinis a médios centro e Pirolito a médio defensivo.
80' - Entra Geraldo para o lugar de Gilberto. Troca direta.
85' - Entra Yano para o lugar de Pirolito. Passam a jogar em 1-4-4-2 com Yano a jogar a ponta de lança ao lado de Manucho.
87' -  Entra Rambé para o lugar de Gégé. Passam a jogar em 1-3-3-4 com Nando, Varela e Carlitos na defesa e Rambé a reforçar o ataque. Mendes continuava como dez e apenas Babanco e Marco Soares ficavam como médios centro.


Árbitro: Slim Jedidi (Tunísia)

Cartões Amarelos: Héldon (57'), Pirolito (77'), Fernando Varela (82') e Marco Soares (84').

Assistência: 20000 (Nelson Mandela Bay Stadium)

Clima: Céu nublado (21ºC)

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